Wifi, Redes sociais, Conexão ilimitada, contato com o outro sem estar perto,
conhecer várias pessoas sem precisar se locomover e até mesmo, acompanhar a vida de
conhecidos sem precisar espiar na janela: estamos na era da tecnologia, da vida online e das mídias digitais.
O instagram virou o novo google, um marketplace, loja virtual, e dentre tantas outras funções. O facebook ganhou nova função: lembrar as postagens antigas, e o youtube serve como enciclopédia audiovisual. Nova geração, novas habilidades, novos hábitos e uma nova forma de viver. Viver online para o virtual e off para o real.
Fruto disso são os aumentos nos casos de quadros ansiosos, depressivos, pânico, dentre tantos outros que surgem na prática clínica, obviamente isso não surge de um uso moderado dessas redes e deste consumismo tecnológico, mas sim, de uso exacerbado, em casos que há a necessidade de viver no real, a vida virtual que o outro publica, posta e mostra.
As pessoas estão se comparando cada vez mais, antigamente as mães comparavam seus filhos com os primos próximos, os amiguinhos da rua: hoje a comparação surge de forma mais sutil e interna: e o fato de acompanhar o outro de forma tão intensa fortalece isso.
Podemos pensar ainda em sensações de inferioridade, competitividade, frustração, dentre outros aspectos. A vida online nos traz muitos benefícios, e dentre eles
é a conectividade, a aproximação com pessoas que moram longe, novas possibilidades de trabalho, novas maneiras de ter fonte de renda, ampliar a rede de relacionamentos, dentre outros aspectos. Porém, precisamos lembrar que viver off é necessário.
Viver off é sentar no chão e brincar com os filhos. É assistir aquele filme na tevê sem o celular por perto. É almoçar e sentir o sabor da comida. Viver off é sentir o
cheirinho de café pela manhã, olhar para o céu e ver as nuvens, é contemplar a natureza no real, na vida, ao vivo. Viver off é cuidar de si, tomar um banho relaxante e permitir-se descansar depois de uma semana cansativa.
Mas Gio, o porque falar disso?
Porque neste momento em que estamos vivenciando de pandemia, de isolamento, de home office que muitas vezes esquecemos de focar no real. No vivencial. No aqui e agora. Muitas pessoas estão trabalhando de forma excessiva, nos meios virtuais, se entretendo nos meios virtuais, se divertindo nos meios virtuais e isso pode acarretar alguns prejuízos de ordem física e psicológica.
Lembra daquela frase que diz que tudo em excesso faz mal? Pois é!
Precisamos dosar, equilibrar, e respirar fundo. Sei que o momento não é o dos
melhores, mas quem sabe desenvolver algum hobbie, preparar um café para si mesmo,
pensar na sua vida como um todo, nas suas conquistas, cuidar de você ajude. Uma super dica é a meditação, há vários aplicativos que podem te ajudar.
Vamos viver no real e deixar o virtual em segundo plano? Um abraço!
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