Se a conta de energia não estava barata em 2021 por causa da maior crise hídrica vivida pelo país nos últimos 90 anos, 2022 não começou melhor. Vários cooperados das cooperativas de energia do estado perceberam um aumento ao receberem as faturas de janeiro.
A Federação das Cooperativas de Energia de Santa Catarina, a Fecoerusc, explica que não houve reajuste nas tarifas. “O reajuste tarifário é realizado pela Agência Nacional de Energia, a Aneel, sempre no mês de setembro, e passa a valer para a conta recebida em outubro. Portanto, nenhuma cooperativa aumentou o valor da sua tarifa em janeiro”, explica Walmir Rampinelli, presidente da Fecoerusc e da Cooperativa Pioneira de Eletrificação, a Coopera.
Onda de calor e bandeira de escassez
A entidade cooperativista detalha os fatores que levaram ao aumento registrado pelos usuários. “Vivemos em janeiro uma onda de calor intensa, com temperaturas acima dos 40 graus durante 13 dias seguidos. Portanto, o que houve foi um aumento do consumo. Soma-se a isso a bandeira tarifária praticada atualmente em todo o país, que é a de escassez hídrica. Com essa bandeira, o valor aplicado é de R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora consumidos. Com impostos e encargos, ele pode ir a até R$ 18,93 para consumidores residenciais”, reforça Rampinelli.
Bandeiras tarifárias são acréscimos na conta de energia provocados pela baixa das reservas nas hidrelétricas do Brasil, esse sistema é mantido pela Aneel.
Alternativas para quitar faturas
O presidente da Federação orienta os consumidores e cooperados que sentiram maior impacto nas contas de energia e que projetam dificuldade para quitá-las, que busquem informação junto a sua cooperativa. “Várias filiadas adotam formas de parcelamento para facilitar o pagamento. Oriento que, ao receber a fatura e avaliar a impossibilidade de pagar à vista, o cooperado procure a sua cooperativa e tente uma negociação. Eficácia e transparência na gestão são características do trabalho cooperativista”, completa o presidente.
Por Giovana Pedroso