Hoje vou iniciar este artigo de uma forma diferente, trazendo uma informação. Você sabia que, segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo? Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade patológica acomete 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população). Sim, é muuuuita gente!
Outra curiosidade: Você sabia que ainda há muito preconceito em relação ao tratamento? Pois é! Na atualidade há algumas maneiras de tratar a ansiedade, dependendo do seu grau, em que estão inclusos a psicoterapia e quando necessário, a intervenção medicamentosa (prescrita por um psiquiatra, viu?).
Dito isso: hoje eu vim falar de comida. Siiim! Coincidentemente ou não, o aumento do número de casos com ansiedade aumentou, e a obesidade aumentou junto. Algo relacionado? Exato. A ansiedade fornece uma série de sintomas ao sujeito, que podem variar dependendo de cada caso – e sim, pessoas sentem ansiedade de maneiras diferentes, por isso a importância de consultar um profissional de confiança para oferecer o melhor tratamento. Desta forma, as pessoas reagem de formas distintas a esses sintomas que surgem:
Podem surgir taquicardia, sudorese, sensação de desmaio, fobias, insônia, dentre tantos outros. Diante deste estímulo, as pessoas necessitam de comportamentos para que consigam lidar com este “incômodo”: algumas optam por focar em um hobbie, atividade física, leitura, estudos, produtividade, e, ainda, na comida. E aí vem a famosa pergunta:
A compulsão alimentar é oriunda da ansiedade?
As duas possuem relação sim, mas não precisa necessariamente ter ansiedade para estar com compulsão alimentar. O ato de comer de forma desenfreada com frequência associado ao sofrimento traz muitos prejuízos ao sujeito, que vão além de questões psicológicas, mas ainda, orgânicas. Geralmente, quadros de compulsão alimentar estão associados com obesidade e sensação de culpa, frustração, dentre outras questões emocionais.
Já a ansiedade, ela pode ser um estímulo para comermos mais. Não necessariamente a compulsão em si, mas comer de forma mais enfática, como se o alimento fosse, de fato, anestesiar os sintomas que trazem algum tipo de prejuízo para o sujeito. Por isso a ansiedade possui relação direta com a Compulsão Alimentar, pois diante de estímulos ansiosos para a comida, torna-se um hábito, e deste hábito torna-se uma necessidade de estancar algo.
Quando se fala de ansiedade, fala-se em múltiplos fatores. Como citado anteriormente, as pessoas manifestam e lidam com essa ansiedade das mais variadas possíveis. Hoje estamos falando da comida, mas poderíamos falar de muitas outras. Uma pergunta bastante frequente no consultório é:
Porque quando estou ansiosa sinto tanta vontade de comer?
Isso diz muito respeito à forma na qual você se relaciona com a comida, e é uma resposta que você dá para a ansiedade. É desta maneira que você busca “aliviar” o incômodo/sofrimento que a ansiedade vem te trazendo. Além disso, está muito associado a fome emocional: aquela que surge do nada, com alimento específico, e que geralmente a pessoa come até ficar com a sensação de estufamento abdominal.
Essa fome emocional traz consigo muitos conteúdos psicológicos, pois estamos colocando na comida uma função que não é dela: a de resolver nossos problemas, e de exterminar o nosso sofrimento. Porém, a função dela é nos nutrir para que nossos órgãos continuem funcionando da forma correta.
Minha sugestão é: reflita sobre como é a sua relação com a comida. O que ela representa para você. É assim que, pouco a pouco, você tomará consciência do que está sentindo, e se essa alimentação, de fato, fornece o que você precisa. Não tenha receio de buscar um profissional de psicologia caso seja necessário: é sobre a sua saúde física e emocional em que estamos falando.
Se cuida!
Abraço fraterno!
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